Brigada Central: A missão de prevenir os incêndios não para

As florestas esclerófilas da região Metropolitana do Chile vivem uma realidade que põe em risco sua continuidade. A seca prolongada e as altas temperaturas desta temporada favorecem a propagação do fogo em eventuais incêndios. Por isso, a Brigada Central está a dois intensos meses trabalhando, junto com a comunidade, para cuidar da floresta desses desastres.

 

“A melhor estratégia de combate a incêndios é evitar que aconteçam”, afirma o gerente de Florestas e Madeiras da CMPC, Eduardo Hernández. E é por isso que, a empresa, como todos os anos, organizou suas equipes para gerar ações e campanhas de prevenção a incêndios florestais junto à comunidade. 

Nessa linha e porque neste ano a situação das florestas da região metropolitana do Chile se agravou devido à prolongada seca que atinge a região e às temperaturas que atingiram níveis superiores aos das temporadas anteriores, que a CMPC decidiu disponibilizar desde a zona central do país um grupo de brigadistas com vasta experiência em combate e prevenção de incêndios: a Brigada Central. 

No final do mês de novembro, o grupo de especialistas instalou-se no município de Pirque para cumprir a missão de cuidar da floresta esclerófila dos incêndios, tanto no combate – em coordenação com a Corporação Nacional de Florestas (Conaf) – quanto em ações preventivas (como a construção de corta-fogos e podas de árvores) e palestras educativas. 

 

A prevenção é tarefa de todos

Durante os meses de dezembro e janeiro, os brigadistas realizaram atividades em conjunto com a comunidade, incluindo duas palestras educativas com os atletas do Clube Esportivo da Universidade Católica nos morros de San Carlos de Apoquindo, em Las Condes, nas quais em conjunto com a Fundação Reflorestemos, os jovens aprenderam sobre a floresta que habita a zona, como cuidar dela, o que fazer em caso de incêndio e também construíram corta-fogos preventivos para saber mais sobre o trabalho dos brigadistas. 

Da mesma forma, na Fazenda El Peñón, no município de Puente Alto, a brigada determinou as áreas de risco nos espaços de interface junto com os próprios vizinhos e os educou sobre a prevenção de incêndios, atividade na qual também se realizaram corta-fogos preventivos que continuarão sendo construídos nos próximos dias. 

Por outro lado, a Brigada Central viajou até o santuário natural Parque Yerba Loca, no município de Lo Barnechea, para conversar com os visitantes que acampavam e faziam trilhas no lugar. Assim, a comunidade aprendeu como prevenir o fogo e como agir em caso de incêndio. 

Na atividade, o chefe da Brigada Central, Afonso Quevedo, garantiu que “não ganhamos nada sendo mil, dois mil ou cem mil brigadistas, se as pessoas não fizerem a sua parte. É tarefa de todos ajudar na prevenção dos incêndios florestais, por isso é importante que todos saibam como evitar que essas catástrofes ocorram”. 

Por fim, em conjunto com a Associações de Moradores do Arcaya, Macul e de San Vicente de Pirque, os especialistas realizaram duas sessões educativas nas quais puderam responder às perguntas dos vizinhos, aconselhar e ensinar-lhes a podar as árvores de suas parcelas, com o objetivo de evitar que em eventuais incêndios o fogo se alastre rapidamente para as copas.

Por outro lado, a brigada construiu corta-fogos preventivos em diferentes morros e parques da região Metropolitana, como nos morros de San Carlos de Apoquindo, em Las Condes; no Cerro del Medio, no Parque Yerba Loca e na Praça Negra da curva 21 no caminho à Farellones, em Lo Barnechea; e nas próximas semanas o fará em outros bairros como Renca, Pirque e Puente Alto. 

 

A disposição da Conaf

Embora a prevenção seja uma das grandes missões da Brigada Central, o combate é seu primeiro objetivo. Assim, os brigadistas, acompanhados de seu carro bomba capaz de descarregar 2.000 litros de água, trabalharam nestes últimos dois meses junto com a Conaf – que os chamaram para ajudar a combater – os incêndios em San Vicente de Pirque, Casas Viejas de Puente Alto, e outro em La Pintana. 

Embora a missão da brigada seja lutar na região Metropolitana, ela também está disponível caso a Conaf precise de ajuda em outras regiões da zona central, como foi o caso do incêndio no Lago Peñuelas, em Quilpué, na região de Valparaíso. 

Os brigadistas lutaram durante cinco dias para ajudar a controlar as chamas que atingiram a floresta dessa reserva nacional, também acompanhados por uma brigada cisterna da CMPC que viajou de San Javier, região do Maule. 

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