BioCMPC, o projeto que busca transformar a planta de celulose de Guaíba em uma das mais sustentáveis do Brasil

Gestão de resíduos, tratamento de efluentes, emissões atmosféricas, sistemas de tratamento de gases e gestão ambiental são alguns dos parâmetros pelos quais a transformação da planta da CMPC em Guaíba será pautada até novembro de 2023, data que se espera que as obras sejam finalizadas.

Em agosto de 2021, a CMPC anunciou um grande investimento no Rio Grande do Sul, região sul do Brasil, que tem como prioridade o foco na sustentabilidade. A modernização operacional na unidade industrial localizada em Guaíba foi batizada de BioCMPC, pois o projeto busca converter a fábrica em uma das mais sustentáveis do Brasil no setor de celulose, além de gerar um ganho de desempenho de aproximadamente 18% da capacidade produtiva, em comparação com a produção de 2020.

O projeto BioCMPC foi cuidadosamente pensado com base no propósito da empresa: Criar, Conviver e Preservar. A iniciativa surgiu a partir de estudos que identificaram oportunidades de melhoria nas questões de desempenho e eficiência ambiental da unidade. As intervenções do projeto estão divididas em ações relacionadas à implantação de novos equipamentos de controle ambiental e melhoria dos sistemas existentes, novas iniciativas com foco na gestão ambiental e ações de modernização operacional.

Entre os novos equipamentos de controle ambiental, podemos destacar o novo Precipitador Eletrostático, com uma eficiência superior a 99% no controle das emissões de material particulado e a nova caldeira de recuperação, que permitirá um aumento da produção de energia limpa, além de possibilitar a eliminação de 60% das emissões de gases de efeito estufa com a substituição da atual caldeira a carvão. Vale destacar a instalação de novos equipamentos de monitoramento da qualidade do ar, controle e monitoramento de ruídos e melhorias nos sistemas de avaliação de efluentes. Para melhorar o conforto da comunidade em termos de percepção de ruído, a parede acústica pré-existente no limite sul da planta será ampliada.

O conjunto de ações de gestão inclui a criação de uma equipe de técnicos ambientais disponível 24 horas por dia, juntamente com novas ferramentas de monitorização de KPIs ambientais com envolvimento da comunidade, juntamente com um Centro de Controle Ambiental (CCMA) que permitirá melhorias importantes na gestão ambiental das operações industriais online, medida inédita no setor.

A soma dessas medidas eleva a fábrica da CMPC em Guaíba ao estado de uma das mais sustentáveis do país, considerando os seguintes parâmetros: gestão de resíduos, tratamento de efluentes, emissões atmosféricas, sistemas de tratamento de gases e gestão ambiental. As obras tiveram início em setembro de 2021, com previsão de término para novembro de 2023.

Com um investimento de cerca de 560 milhões de dólares, a BioCMPC espera que durante a execução das obras gere cerca de 7.500 novos postos de trabalho, e que cerca de 50% dos fornecedores sejam empresas locais, tornando o projeto não só o maior investimento em ESG no Rio Grande do Sul, mas também, proporcionando uma grande geração de valor compartilhado com as cadeias produtivas nacionais. Este é o segundo maior investimento privado da história do estado, perdendo apenas para a criação da Guaíba 2, linha de produção de celulose da CMPC, concluída em 2015.

Na BioCMPC, as obras de implantação também foram planejadas e executadas com absoluto controle, garantindo uma excelente prevenção e mitigação de impactos, principalmente pensando em não gerar problemas aos vizinhos da planta. Além de valorizar a mão de obra e fornecedores locais, as estruturas de apoio à obra foram localizadas em uma área distante dos bairros residenciais. Outro fator importante é que a mobilidade urbana na região não é afetada, já que o acesso de pessoas, máquinas e equipamentos é feito cem por cento pelo acesso privativo da empresa, por uma via fora dos limites urbanos. O horário de trabalho também é restrito, com atividades de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Não há trabalhos à noite, nos finais de semana ou feriados.

Outro aspecto importante ligado aos princípios da economia circular tem a ver com os processos de demolição que foram realizados, ao contrário de uma prática corrente, foi utilizado um desmantelamento minucioso das estruturas, tendo sido reaproveitados 89% dos materiais, mesmo com donativos que fizeram possíveis melhorias em escolas e sedes sociais de associações de moradores da região mais próxima.

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