Gerente Geral da CMPC sobre os Incêndios: “A emergência não acabou”

Como resultado dos incêndios na zona centro-sul do Chile no verão de 2023, Francisco Ruiz-Tagle afirmou que “existe outra emergência, menos visível, mas muito importante, que chamamos de emergência ambiental”.

O Gerente Geral da CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, conversou com a CNN Chile sobre o plano da companhia para reconstruir e restaurar as zonas danificadas pelos incêndios que no verão passado afetaram principalmente as regiões da Araucanía, Biobío, Maule e Ñuble, no Chile.

“Diria que a emergência não acabou”, disse, e explicou que, além de ainda haver incêndios, “existe outra emergência, menos visível, mas muito importante, que chamamos de emergência ambiental.” Ele comentou que restam milhares de hectares com solo descoberto, que representam riscos de inundação com a chegada das chuvas.

Diante da situação de emergência, a empresa apresentou o plano Reconstruir-Restaurar a área, que entre suas medidas promove um corredor biológico de 140 quilômetros de extensão, que em forma de circunferência cobrirá a área da serra de Nahuelbuta, entre os bairros de Angol e Nacimiento, na região de La Araucanía e Biobío. “Trata-se de uma autoestrada verde, que liga zonas onde existe floresta natural e permite a circulação da fauna ao longo desse corredor e também a circulação e dispersão da flora”, explicou Francisco Ruiz-Tagle.

Além disso, o plano inclui medidas para aumentar a proteção de nascentes e cursos de água, a expansão de aceiros e quebras de continuidade nas florestas, o aumento das zonas ou anéis de proteção para comunidades povoadas e a promoção de projetos agro sociais na área. “mas além do fato de que se pode fazer muitas coisas, se não for abordada a questão da intencionalidade, isso não serve para nada”, declarou o gerente geral da CMPC.

Ele esclareceu que as medidas de restauração ecológica “não implicam que o que fizemos até agora está errado”, e afirmou que a CMPC é uma empresa certificada com alto padrão de manejo florestal sustentável, com os mesmos requisitos que são exigidos dos escandinavos, Europeus, neozelandeses. “Decidimos ir além disso, porque também temos coisas que aprender”, disse ele.

Confira a entrevista completa:
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